Cartola, o depressivo.

De Cartola

Terceiro ano. Cartola seguia “o insensível”. Nunca havia gostado de ninguém da turma e permanecia o mais seco possível no trato com as pessoas do sexo oposto.


Eis que enfim, ao juntarmos as turmas 11 e 12, seu coração se iluminou.


Conforme diziam as carteiras pintadas com liquid paper: “Cartola estava amando!”.


A escolhida, entretanto, parecia não acreditar muito nos sentimentos do platônico e agora romântico Cartola. Por essa razão nosso Mr. Bean começou a recorrer à cachaça para afogar suas mágoas. Até aí tudo bem, não fosse o fato do Cartola morar na Rua do Bispo, o que o fazia sair correndo ao fim das aulas, só para observar de sua varanda a Claudinha descendo a rua na saída do colégio.


Em um momento de desespero e sob o efeito do álcool, nosso apaixonado Cartola, acenando para ela ao vê-la passar, mediante a ausência de resposta, pensa em se lançar da varanda para dar cabo às suas frustrações, muda de idéia no caminho e acaba pendurado nas grades, o que exige uma equipe de resgate para salvá-lo.


Como nada é tão ruim que não possa piorar, o Cartola acabou por se tornar alcoólatra de vez.


Durante muito tempo a obsessão do Cartola pela Claudinha gerou então preocupação em seus colegas, em especial em uma colega de turma que acreditava no drama, sentia muita pena dele e ficava realmente aflita com o que ele pudesse fazer caso perdesse por inteiro as esperanças de um dia ver seu amor correspondido.


Uma mariola velha para quem acertar o nome dessa inocente colega de turma que tanto se preocupava ao ouvir tais estórias, rsrsrs!

Pista: começa com a letra: "A".