Daniel precisa estudar mais...

De Cartola

Prova salvo engano de matemática (professora Cinira "Chuchu Beleza") ou geografia (professora Sargento Megera).


Notas: um verdadeiro arraso. Distribuição farta de dois, três, um e meio, quatro e similares. Consegui escapar tirando, salvo engano, seis e meio. Daniel Wolf tirou sete. Não me lembro bem se outras pessoas se salvaram, mas apostaria que a Fabiana e alguns outros também tenham conseguido. Só sei que foram raros os sobreviventes.


Preocupada com o tamanho do estrago, a professora resolve facultar a todos os que haviam tirado nota abaixo de seis a oportunidade de realizar uma segunda prova. Informa que tais alunos teriam como nota final o melhor resultado obtido dentre as duas provas realizadas.


Não bastasse estarem todos ressabiados com as notas da primeira prova, o que fez com que estudassem com bastante afinco a matéria, a segunda prova foi bem mais leve, fácil mesmo. Conclusão: todos tiraram notas de nove para cima.


Eis que as nota finais são lidas em turma e eu fiquei com a pior nota: seis e meio (6,5), seguido pelo Daniel com sete (7,0).


A turma começou a zoar com o fato. Estava pouco me lixando para isso, mas não posso dizer o mesmo quanto ao Daniel. Ele se considerou injustiçado por não ter tido a oportunidade de realizar a tal segunda prova, e ainda por cima vislumbrou seu exemplar currículo denegrido com o episódio.


Em razão do ocorrido, com a ajuda de diversos colegas, confeccionamos um chapéu com orelhas de burro e me sentei ao lado do Daniel. A turma, em atitude segregatória, se evadiu toda para as últimas fileiras de carteiras, deixando na primeira fileira apenas eu e o Daniel, em absoluto isolamento. "Resignado", coloquei o chapéu e permaneci "atento à aula".


O Daniel olhava para mim com o chapéu e não sabia se ria ou se me estrangulava, rsrsrs.


Avançando na zoação, foi confeccionado um novo chapéu, que tive o prazer de entregar ao Daniel, acompanhado da seguinte colocação: “- Daniel, esse é seu, afinal eu sou o pior, mas você é apenas um pouquinho melhor do que eu, o que não pode ser interpretado como um elogio. Você também precisa estudar mais.”


Só me recordo do Daniel irado rasgando e pisando no chapéu, observado por toda a turma e pela professora, rsrsrs.